quinta-feira, 23 de abril de 2009


Minha Vida
Meu nome é HELLEN UTRABO PEREIRA . TENHO 13 ANOS Moro em Curitiba Pr,Já fiz 15 cirugias A minha primeira cirugia foi com 20 dia de vida correção do mieloDepois fiz mais 14 entre elas são (correçâo dos pés , quadril, bexiga, intestino , e tirei um calculo na bexiga entre outras que em não lembro agora )
EstudosSou uma estudante , estudo em uma escola normal , tenho varios amigos , me dou super bem com os professores.Vida Particolarvou para o shopping, faço Hidroginastica,fisioterapia, gosto de passear , faço tudo q uma garota de 13 anos faz.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

continuação da Hidrocefalia

Hidrocefalia é um problema de saúde que, na maior parte das vezes, está associado ao aparecimento de Spina Bifida. Pode ser caracterizado, de forma genérica, pela acumulação de líquido cefalorraquidiano (LCR) no interior da cavidade craniana. O líquido cefalorraquidiano passa, no cérebro, de um ventrículo para o seguinte (existem, ao todo, quatro) através de canais relativamente estreitos, circulando depois na superfície do cérebro e sendo, finalmente, absorvido pela sistema sanguíneo. Existe ainda uma parte do líquido que circula ao longo da medula espinhal.
Ora, a acumulação já referida de LCR no interior da cavidade craniana dá-se quando, por qualquer razão, existe uma obstrução à drenagem do líquido para o sistema sanguíneo. Essa obstrução pode estar relacionada, como já se disse, com o aparecimento de Spina Bifida mas pode, efectivamente, ocorrer por outras razões.
A hidrocefalia pode resultar de excesso de produção de LCR (situação normalmente rara, diga-se) ou quando é impedida a circulação ou absorção desse líquido. Quando o líquido cefalorraquidiano é constantemente produzido mas, de facto, está impedido de circular, acumula-se e causa um aumento, por vezes muito grande, da pressão no interior do cérebro. Os ventrículos incham e o tecido cerebral pode vir a sofrer lesões.

Causas da Hidrocefalia
A Hidrocefalia pode ocorrer através de três grandes causas:
A causa genética, isto é, sabe-se que, em circunstâncias muito raras, o aparecimento de Hidrocefalia pode estar ligado a questões de hereditariedade.
O aparecimento de Spina Bifida que, como já se referiu, está normalmente associado ao aparecimento de Hidrocefalia.
A grande prematuridade dos bebés que, ao nascerem antes do tempo considerado normal, correm o risco de desenvolver esta patologia.
A hidrocefalia ocorre normalmente à nascença. Sabemos hoje que, no entanto, este problema pode ocorrer em qualquer altura da vida, embora, na realidade, saibamos também que os casos em que tal acontece são muito poucos.
Por ser uma doença que ocorre, regra geral, à nascença, é também tratada, regra geral, à nascença. A Hidrocefalia tem tratamento, na maioria dos casos, eficaz, embora quase sempre seja cirúrgico. A introdução de uma derivação é, normalmente, a solução clínica para impedir a acumulação de líquido cefalorraquidiano na cavidade cerebral e eventuais lesões que daí decorram.
A Hidrocefalia, embora passível de tratamento, pode, enquanto ocorre, provocar alguns problemas. Quem sofre Hidrocefalia pode vir a sofrer problemas de aprendizagem, normalmente associados a problemas de concentração, de raciocínio lógico ou de memória de curto prazo. Problemas de Coordenação, de organização, dificuldades de localização espácio-temporal, problemas relacionados com a motivação, puberdade precoce ou dificuldades na visão podem, também, ocorrer. No entanto, não é certo que tais situações tenham, necessariamente, de ocorrer na pessoa com Hidrocefalia.
No que respeita à realidade portuguesa, são muito poucos os estudos relacionados com o aparecimento desta patologia, que é, por vezes erradamente, sempre relacionada com o aparecimento de Spina Bifida. Existem formas de tratamento da Hidrocefalia relativamente desenvolvidas mas, no entanto, é ainda muito pouco desenvolvido o acompanhamento das crianças, jovens ou adultos que sofrem sequelas do aparecimento de Hidrocefalia. O tratamento, nestes casos, deve ser um tratamento multidisciplinar, dado que os problemas causados pela patologia em questão podem também eles ser mais ou menos complexos.

sábado, 18 de abril de 2009

continuação das fotos de mielo




continuação do mielo

. MIELOMENINGOCELE

Disrafismo Espinal é um termo genérico, reintroduzido na literatura médica por Lichtenstein, em 1940, e aplicado a grande variedade de malformações conseqüentes à defeituosa fusão do tubo neural. Estas anomalias podem afetar a pele do dorso, coluna vertebral, meninges, raízes nervosas espinhais, medula e vísceras abdominais. A ocorrência dessa multiplicidade de lesões é função direta das camadas embrionárias afetadas.
Espinha Bífida é a designação usada universalmente como sinônimo de disrafismo espinal, com propriedade, pois nessa malformação geralmente não há fusão dos arcos vertebrais posteriores.
Malagon (2005) explica que a espinha bífida é um grupo de deformidades que se caracteriza por uma falha embrionária do desenvolvimento do arco vertebral posterior, e às vezes toda a vértebra, o qual vem associado à presença de uma displasia da medula espinhal e seus envoltórios e de complicações inerentes a transtornos neuromusculares que a deformidade espinhal determina.
A Espinha Bífida é um defeito congênito caracterizado por formação incompleta da medula espinhal e das estruturas que protegem a medula. O defeito ocorre no primeiro mês de gravidez e engloba uma série de malformações. A mais comumente observada é a mielomeningocele, na qual há uma protusão cística contendo tecido nervoso exposto não coberto por pele. O nome espinha bífida relaciona-se ao fechamento inapropriado de ossos da coluna (espinha).
O embrião tem uma pequena tira de tecido que se enrola para dentro formando um tubo. Esta estrutura chamada “tubo neural”, se forma aproximadamente entre o décimo quarto e o vigésimo oitavo dia após a concepção, no qual ira forma o sistema nervoso central. Nos casos de espinha bífida, este processo falha e o tubo neural não se forma completamente, podendo desencadear defeitos na medula espinhal e nas vértebras.
As consequências para o bebê podem ser as mais variadas, podendo assim ser considerada uma multideficiência. No entanto, existe um conjunto de complicações devidamente identificadas que, dependendo do grau da lesão, podem ou não comprometer a qualidade de vida da criança. As mais conhecidas podem estar relacionadas com problemas de carácter motor, de perca de sensibilidade nos membros inferiores, de controle de esfíncteres (incontinência), pé torto congênito, luxação de quadril e hidrocefalia.
O aparecimento desta malformação, a ser devidamente tratada logo ao nascimento e tomados todos os procedimentos clínicos que assegurem o seu correto diagnóstico, não compromete em regra geral, a sobrevivência e a qualidade de vida do seu portador.
Um aspecto a ser questionado e ser considerado é o nível da lesão, derivada do aparecimento desta malformação. O seu grau depende da sua localização na coluna e também da quantidade e da qualidade de terminais nervosos que se “desligaram”, isto é, de terminais que foram interrompidos pela mau formação. Assim, quanto mais alta for a lesão, no que diz respeito ao posicionamento das vértebras na coluna, maior será o nível de comprometimento e as dificuldades que a criança possa, eventualmente vir a ter.
Ratliffe (2000) explica que a complicação em portadores de Mielomeningocele vai depender do nível do defeito na medula espinhal, onde determina o grau de função motora ou sensorial que o lactente terá e qual será sua independência na mobilidade.
Espinha Bífida quer dizer espinha dividida. Existem 3 tipos principais de espinha bífida: Oculta, Meningocele e Mielomeningocele. A mielomeningocele é a forma de espinha bífida que apresenta maiores seqüelas uma vez que há comprometimento do sistema nervoso (nervos e medula). Quanto mais baixa for a lesão medular, menor a quantidade de órgãos afetados, quanto mais altos, mais órgãos poderão estar comprometidos.
Oculta - geralmente, este tipo é assintomático, existe um pequeno defeito em uma ou mais vértebras da coluna. A medula e os nervos são normais. A maioria das pessoas afetadas não tem nenhum tipo de problema
Meningocele - esta forma é menos comum. Caracteriza-se pela formação de um cisto formado por membranas que estão ao redor da medula espinhal e aparecem pela parte aberta da coluna vertebral. O cisto, que pode variar de tamanho, pode ser retirado mediante cirurgia para permitir o desenvolvimento normal do bebê, esse cisto é uma herniação das meninges e a formação de um saco contendo líquido. Ocasionalmente acompanha-se de deformidades neuromusculares



Mielomeningocele - esta é a forma mais grave. O cisto contém tanto as membranas que envolvem o canal espinhal como as raízes nervosas da medula espinhal e às vezes até a própria medula. Os bebês afetados têm um risco alto de contrair uma infecção até que a abertura seja fechada cirurgicamente, apesar de que alguns antibióticos podem oferecer proteção temporária. Algumas crianças podem evoluir assintomática, mas geralmente apresentam paralisia grave dos membros inferiores, mau posicionamento dos pés, comprometimento do esfíncter anal e do mecanismo de contenção da urina, além do retardo mental que ocorre em 30% dos casos com sobrevida prolongada (Figura 3).
Figura 3 – Mielomeningocele
Bherman, Kliegman e Jenson (2002) dizem que a espinha bífida oculta ocorre quando há um defeito dos corpos vertebrais na linha média, sem protusão da medula espinhal ou meninges; na maioria dos indivíduos é assintomática e não apresenta sinais neurológicos do distúrbio, em geral não tem conseqüências. A meningocele ocorre quando as meninges herniam-se através de um defeito dos arcos vertebrais posteriores, a maioria e bem coberta com pele e não apresenta ameaça ao paciente. A Mielomeningocele representa a forma mais grave de Espinha Bífida envolvendo a coluna vertebral e ocorre em uma incidência de aproximadamente 1/1.000 nascidos vivos, sendo a localização mais freqüente a lombosacral.
Não existe uma causa exclusiva, no entanto, sabe-se que a carência de ácido fólico materno está intimamente ligada à ocorrência do problema. Infelizmente, o defeito acontece muito precocemente na gravidez (antes do primeiro mês) e a ingestão posterior a este período não oferece nenhuma melhora à situação já instalada. Devido exatamente à ocorrência precoce da mielomeningocele, o ácido fólico deve ser ingerido já no planejamento da gravidez, principalmente por mulheres que já tiveram uma criança afetada na família, ou mesmo, para todas as mulheres em fase de procriação. Para este fim, hoje existe a obrigatoriedade da adição do ácido fólico em alimentos básicos como a farinha de trigo. Em países onde isto já é feito, a incidência do problema chegou a diminuir 75%. No Brasil, desde julho de 2004, todas as farinhas de milho e de trigo estão enriquecidas com ácido fólico e ferro por força de lei federal (Resolução 344, da ANVISA, órgão do Ministério da Saúde).
Várias pesquisas demonstraram que o ácido fólico (uma vitamina B) desempenha papel importante na redução da ocorrência de todos os tipos de espinha bífida. Por isto, a Associação Americana de Espinha Bífida recomenda a administração oral de 0,4mg de ácido fólico por dia para toda mulher em idade fértil e 4mg por dia para as com risco aumentado para Espinha Bífida, iniciando um a três meses antes da gravidez e mantendo durante o primeiro trimestre. O ácido fólico é normalmente encontrado nos polivitamínicos e os alimentos ricos em folato são: vegetais de folhas verdes (espinafre ou brócolis), feijão, frutas cítricas, fígado, castanhas e alimentos integrais. O folato é perdido na estocagem e no cozimento o que torna a complementação o meio mais seguro de prevenção.
O defeito também pode ocorrer como consequência da associação de fatores genéticos, nutricionais e ambientais; diabete materna; deficiência de zinco e ingestão de álcool durante os primeiros três meses de gravidez.
As manifestações clínicas mais freqüentes na mielomeningocele são: alteração motora ou paralisia de membros inferiores, distúrbios da sensibilidade cutânea, úlceras de pele por pressão, ausência ou incontinência do controle urinário e fecal, deformidades músculo-esqueléticas, pé torto congênito e hidrocefalia. Nos outros tipos de espinha bífida as manifestações são variáveis dependendo do grau e do nível de envolvimento das estruturas nervosas.
A medula espinhal é organizada em segmentos ao longo de sua extensão. Raízes nervosas de cada segmento deixam a medula para inervarem regiões específicas do corpo (Figura 4). Os segmentos da medula cervical (C1 a C8) controlam os movimentos da região cervical e dos membros superiores; os torácicos (T1 a T12) controlam a musculatura do tórax, abdome e parte dos membros superiores; os lombares (L1 a L5) controlam os movimentos dos membros inferiores; e os segmentos sacrais (S1 a S5) controlam parte dos membros inferiores e o funcionamento da bexiga e intestino. Na espinha bífida, estando à medula e as raízes nervosas impropriamente formadas, os nervos envolvidos podem ser incapazes de controlar os músculos determinando paralisias. Define-se como paralisia alta a paralisia resultante de defeito medular começando ao nível dos segmentos torácicos ou lombares altos (L1-L2), paralisia média no segmento médio lombar (L3) e paralisia baixa nos segmentos lombares baixos (L4-L5) ou sacrais . A posição das raízes motoras lesadas na medula é chamada de nível motor (Tabela 1) e sua definição é importante para a classificação funcional e o acompanhamento. Modificações do nível motor podem sugerir progressão neurológica.


→ 08 Nervos CervicaisUso do pescoço, ombros e braços







→ 12 Nervos TorácicosUso das mãos e dedos, peito e abdômen, abaixo das costas e quadris







→05 Nervos LombaresUso dos músculos para sentar e manter o corpo ereto, pernas, joelhos e pés e ejaculação no homem


→ 08 Nervos SacraisIntestino e bexiga e controle da ereção no homem

Figura 4 – Medula Espinhal e Raízes Nervosas
Medula

Nível
Músculo
Movimento
Teste
L1-L2

Psoas
Flexão do quadril
Levantar o joelho na posição sentada
L3-L4
Quadríceps
Extensão da perna
Chutar uma bola na posição sentada
L5-S1
Flexores do joelho
Flexão do joelho
Fletir a perna na posição prona
L4-L5
Tibial anterior
Flexão dorsal do pé
Andar no calcanhar
S1-S2
Panturrilha
Flexão plantar do pé
Andar na ponta dos pés
Tabela 1 – Avaliação do Nível Motor
3. INCONTINÊNCIA URINÁRIA NA MIELOMENINGOCELE

Holzer (2001) cita que a Mielomeningocele é a causa mais freqüente de transtornos vesicais de origem neurológica na infância. Cita que a obstrução infra vesical na população pediátrica, especialmente na mielomeningocele, pode provocar potencialmente seqüelas graves, que afetam a dinâmica miccional e estrutural do trato urinário. Essas alterações podem produzir disfunção vesical e insuficiência renal. O tratamento tem por objetivo cuidar da função renal e evitar infecções urinarias nestes pacientes.
Para entender melhor o que é incontinência, vamos rever um pouco sobre a anatomia do Sistema Urinário e a fisiologia da micção, bem como o que é uma bexiga neurogênica.

minhas fotos











CUIDADOS COM A BEXIGA E O INTESTINOS

Cuidados com a bexiga e o intestinos
A maior parte das crianças com mielomeningocele não possui controle esfincteriano (controle urinário e intestinal). Estas, com orientação adequada, podem beneficiar-se de um programa de cateterização (introdução de um cateter para esvaziamento da bexiga) não contínua, sob supervisão médica para prevenir complicações urológicas. As crianças com cerca de 5 anos podem ser ensinadas sobre a autocateterização caso a percepção motora esteja razoavelmente preservada (Delisa, 1992).

o que é hidrocefalia



Hidrocefalia
Swinyard (trad. Petrillo, 1978), em publicação destinada para familiares de crianças com espinha bífida, descreveu, de modo simplificado, a definição e tratamento da hidrocefalia.
Segundo o autor, o líquido cefalorraquidiano (LCR) origina-se no cérebro, circula através das cavidades cerebrais e por vias circulatórias deixa o cérebro e a medula espinhal, sendo absorvido pela circulação sanguínea.
Quando a espinha bífida causa um bloqueio parcial ou total do fluxo liquórico, se houver aumento de produção, pode haver acréscimo de volume do LCR ou dificuldade na sua reabsorção. Nestes casos há elevação da pressão do líquor no cérebro, com aumento do perímetro cefálico (cabeça), denominado de Hidrocefalia.
O tratamento da hidrocefalia é uma emergência neurocirúrgica e inclui a monitorização das cavidades cerebrais (ventrículos) através de ultra-som, tomografia ou ressonância magnética e a derivação ventricular. Esta consiste na instalação de um tubo fino na cavidade cerebral que redireciona o líquor ao coração ou à cavidade abdominal. Após a introdução desta derivação, torna-se necessária a monitorização temporária das estruturas.